domingo, 11 de dezembro de 2011

Afasia de Condução e Afasia Global

Na afasia de Condução, a compreensão está relativamente preservada e a fala é fluente e espontânea. Existe, entretanto, incapacidade de repetir palavras corretamente.

Já a Afasia Global é a perda de todas as capacidades de linguagem : compreensão, fala, leitura e escrita, sendo causada geralmente por um infarto completo no território da artéria cerebral média esquerda; os pacientes, sendo assim,também apresentam geralmente hemiplegia direita (total perda de força do lado direito do corpo), além, de demência associada; o prognóstico é mais reservado.

Afasia de Wernicke

Caracteriza- se por dificuldade na compreensão da linguagem, a fala é fluente e faz pouco sentido. Essa síndrome é também denominada como afasia fluente, de recepção  ou sensorial. Diferente dos pacientes com afasia de Broca, os pacientes com essa síndrome começam a  falar espontaneamente, embora de modo vago, fugindo do objetivo da conversa.
Pode existir parafasias, isto é, uma palavra substituindo a outra, como chamar uma colher de garfo (parafasia bilateral) ou um som substituindo o outro, como chamar uma colher de mulher (parafasia  verbal); geralmente não apresentam fraqueza associada, os pacientes não se dão conta do seu déficit e a recuperação é mais difícil.

Afasia de Broca

Caracteriza-se por grande dificuldade em falar, porém, a compreensão da linguagem encontra-se preservada. Essa síndrome é também dita como afasia não-fluente de expressão ou motora: os pacientes conseguem executar normalmente a leitura silenciosa, mas a escrita está comprometida. Esses pacientes possuem, ainda, fraqueza na hemiface do membro superior direito (devido a proximidade das áreas afetadas pelo distúrbio circulatório). Os pacientes tem consciência do seu déficit e se deprimem com facilidade (frustração). Entretanto, o prognóstico é bom quanto a recuperação de parte da linguagem falada, embora sejam necessários meses para a realização de uma fala simples, abreviada, ainda que não fluente.

Distúrbios de Linguagem

AFASIA
A afasia é por si só a perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita.
A comunicação pela linguagem falada é peculiar aos seres humanos, sendo diferencialmente localizada no hemisfério esquerdo e se correlacionando com assimetrias anatômicas (lobos frontal e temporal).
A afasia é um sintoma comum na neurologia clínica, muitas vezes como consequência de um acidente vascular cerebral cuja localização geralmente se dá junto a artéria cerebral média esquerda ou nos ramos junto á região do cérebro responsável pela linguagem. Outras podem ser causadas por infecções e manifestações degenerativas locais comprometendo a área especificada.
Existem peculiaridades que diferenciam as afasias e proporcionam ao médico uma determinação da topografia da região afetada, independente da causa.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Manobra de Barré Membros Inferiores

Visa confirmar o déficit motor dos músculos flexores da perna sobre a coxa (flexores do joelho).
O paciente deita em D.V, realiza uma flexão das pernas, num ângulo de 90° e lhe é solicitado que mantenha a posição por 2 min.O teste será positivo quando a perna começar a oscilar ou cair (imediata ou progressivamente), evidenciando o déficit distal.


Manobra de Mingazzini para Membros Superiores

A manobra de Mingazzini verifica déficit motor da musculatura dos MMSS.
O paciente na posição sentada ou em pé, estende os MMSS, afasta os dedos, com a mão pronada lhe é solicitado que mantenha a posição por 2 min. O teste será positivo se houver um membro parético que oscilará e abaixará de forma lenta e progressiva.

Manobra de Mingazzini para Membros Inferiores

Manobra de Mingazzini verifica déficit motor da musculatura dos MMII.
O paciente é posto em D.D, com as coxas e as pernas fletidas em 90º, então solicita ao mesmo que mantenha a posição por 2 min. O teste será positivo se o paciente não conseguir manter a posição, cair ou oscilar. Na perna o déficit é do quadríceps e na coxa o déficit é do psoas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Exame de Marcha Anormal

Marchas nas Lesões Piramidais - Lesões do Neurônio Motor Superior - Marchas Espásticas

Marcha Ceifante ou Helicópode
(Hemiplegias espásticas)
Membro inferior em extensão e o pé em leve eqüino. O membro inferior se torna rígido e aparentemente maior que o oposto. Circundução ao redor da coxa, como se ceifasse a terra (marcha ponto e vírgula) Membro superior em flexão, rotação interna, adução, unido ao tronco, e o antebraço, ligeiramente flexionado em pronação, dedos fletidos

Marcha em Tesoura
Paralisia cerebral Além da hipertonia extensora dos membros pélvicos, há acentuado hipertonia dos músculos adutores, fazendo com que as coxas se unam e os membros inferiores se cruzem para o lado oposto, conferindo à deambulação alternância cruzada em cada passo.

 Marcha Digitígrada
Verificada quando há hipertonia, sobretudo do triceps sural. A marcha se faz na ponta dos pés, marcha de bailarina

MARCHAS NAS AFECÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS

Marcha Parkinsoniana
Marcha em bloco, pois o paciente encontra-se rígido. A rigidez muscular generalizada torna difícil o início da marcha, dando a impressão de que o enfermo se acha preso ao solo. Às vezes, só após algumas tentativas consegue iniciar a marcha, que se realiza em passos curtos, com a cabeça e o tórax inclinados para frente (bradicinesia). Antebraços e os joelhos rígidos em discreta flexão. Não há o balanço dos braços como na marcha normal.

Marcha Ebriosa ou Atáxica Cerebelar
Quando há lesão cerebelar, o paciente aumenta a base de sustentação para poder ficar de pé, já que muitas vezes é até impossível esta posição. Pode haver oscilações para os lados e tendência a quedas (ziguezague).
É difícil a marcha em linha reta, pois há desvio de marcha para o lado do hemisfério lesionado, e o enfermo, tentando compensar este erro, desvia para o lado oposto A marcha é insegura, e os passos desordenados, o paciente caminha com as pernas afastadas uma da outra, levantando-as em excesso para em seguida projeta-las com energia no solo, tocando-o com o calcanhar.

Marcha Talonante ou Calcaneante
A marcha é insegura, e os passos desordenados, o paciente caminha com as pernas afastadas uma da outra, levantando-as em excesso para em seguida projeta-las com energia no solo, tocando-o com o calcanhar.

Marchas nas Lesões do Neurônio Motor Inferior: Marchas
Paréticas, Lesões Periféricas

Marcha Escarvante
Encontrada em lesões do nervo fibular comum, não permitindo dorsiflexão do pé (pé caído), em conseqüência, o paciente ao andar flete a coxa, eleva a perna e o pé cai. O bico do sapato toca no solo como se escavasse o mesmo, por isto seu nome "escarvante" ou stepage.

Marcha de Trendelemburg
Queda da pelve para o lado oposto, déficit de glúteo médio. Este tipo de marcha pode ser causado por várias lesões, como nas miopatias, luxação bilateral de quadril, polineuropatias.

Marcha Miopátïca ou Anserina
Nela, há oscilações da bacia, as pernas estão afastadas, há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta, apesar do déficit muscular. A inclinação do tronco para um lado e para o outro confere à marcha a semelhança da marcha de um ganso, daí o nome de marcha anserina. Este tipo de marcha pode ser encontrada em qualquer processo que cause fraqueza dos músculos pélvicos, como nas polineuropatias pseudomiopáticas, miosites e polimiosites.


Estudo da Marcha

Marcha

  • Movimento para frente do corpo ereto com a utilização dos membros inferiores para propulsão.
  • Sucessão de desequilíbrios controlados que resultam em progressão com segurança e economia de energia (Eficiência)
  • Deambulação:
Tipo de locomoção que envolve a utilização dos MMII da forma alternada com apoio e propulsão, com pelo menos um pé em contato com o solo.
Pouco gasto energético e varia de acordo com a idade, peso, altura, sexo...
Funções Motoras da Marcha:
Manutenção e sustentação do tronco durante o apoio (evitando colapso dos membros inferiores);
Manutenção da postura ereta e do equilíbrio do corpo;
Controle da trajetória do pé visando a passagem segura ao balanço e pouso suave para o apoio;
Geração de energia mecânica para manter o avanço;
Absorção de energia mecânica (absorver impacto ou controlar a progressão do corpo).


Ciclo da Marcha:
Passada:
Compreende a unidade funcional da marcha: desde o contato inicial do membro até o contato inicial seguinte do mesmo membro (calcanhar).

Padrão Médio:
  • Velocidade: 80m/min.
  • Cadência: 113 passos/min.
  • Comprim. da passada: 1,20 a 1,41 m
  • Apoio: 60%
  • Balanço: 40%
Fases da Marcha:

  • Fase de apoio ou acomodação de posição: Fase em que o membro permanece apoiado no chão
  • Fase de balanço ou Oscilação de posição: Fase em que o membro permanece suspenso

Fase de Apoio:
  • Permite a progressão enquanto mantém a estabilidade
  • 60%
  • Apoio do calcanhar/Contato inicial
  • Aplanamento do pé/ Resposta á carga
  • Acomodação intermediária/ Apoio médio
  • Impulsão do calcanhar/ Apoio terminal
  • Impulsão dos dedos/ Pré- balanço
Fase de Balanço:
  • Eleva o pé do solo, avança o membro no espaço e prepara para o próximo apoio
  • 40%
  • Balanço inicial (Aceleração)
  • Balanço Médio
  • Balanço Terminal (Desaceleração)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Classificação dos ossos

Há várias maneiras de classificar os ossos. A classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares (comprimento, largura e espessura), em ossos longos, curtos, planos (laminares) e irregulares.
Osso Longo: seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura. Consiste em um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.
Osso Plano: seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura, ossos do crânio, como o parietal, frontal, occiptal e outros como a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos. São também chamados de osso laminares.
Osso Curto: apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos.
Osso Irregular: apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e os ossos temporais são exemplos marcantes.
Estas quatro categorias são as categorias principais de se classificar um osso quanto á sua forma. Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras:
Osso Pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de seios. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide.
Osso Sesamóide: se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Os primeiros são chamados intratendíneos e os segundos periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo.
Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro principais: o osso frontal, por exemplo, é um osso plano, mas também pneumático; o maxila é irregular, mas também pneumático, a patela é um osso curto, mas é também um sesamóide (por sinal, o maior sesamóide do corpo).

Ossos - saliências, depressões ou orifícios

Na superfície óssea encontramos alterações que são chamadas de saliências, depressões ou orifícios que podem ser descritos como:
FOSSA: depressão maior
FÓVEA ou FOSSETA: depressão menor
INCISURA: depressão entalhada
SULCO: depressão alongada
FORAME: orifício ou abertura
ESPINHA: elevação longa ou pontiaguda
PROCESSO: elevação maior
CRISTA: elevação alongada mais desenvolvida
LINHA: elevação alongada pouco desenvolvida
TUBEROSIDADE: proeminência localizada e arredondada
CORNO: processo em forma de gancho
Estas alterações quando participam de articulações são ditas articulares.

Osteologia

-Parte anatômica que estuda o esqueleto na espécie humana.
O esqueleto humano é constituído por ossos e cartilagens, conferindo ao corpo humano várias funções, das quais destacamos:
1- Fixação e alavanca para a musculatura esquelética,
(o que confere a rigidez que serve de suporte ao corpo humano).
2- Alojamento e proteção de órgãos,
(a caixa craniana aloja e protege o encéfalo, a caixa torácica protege coração e pulmões).
3- Sustentação de partes moles com a inserção de músculos e ligamentos,
4- Locomoção, constituindo- se em seu elemento passivo;
5- Hematopoiese,
(o tecido esponjoso de alguns ossos com medula vermelha produz células sanguíneas).
6- Armazenamento de sais minerais, principalmente cálcio, fósforo, sódio e magnésio,
(podendo chegar a 60% do peso ósseo, com cálcio correspondendo a 97%).

Princípios de Construção do Corpo Humano

1. Antimeria ou Simetria Bilateral- O corpo humano é formado por duas metades semelhantes (externas ou internas).
Exemplos de antimeria: Interno rins: o rim direito é mais inferior ao rim esquerdo. Justificativa: devido a presença do fígado que ocupa grande parte da cavidade abdominal do lado direito.
2. Estratigrafia- O corpo humano é formado por camadas: Pele, tecido adiposo, músculos e ossos.
3.Metameria- O corpo humano é formado por segmentos sobrepostos.
Exemplo: Coluna vertebral, artérias intercostais posteriores.
4. Paquimeria- O corpo humano é formado por cavidades: nasal, boca, timpânica, craniana, espinal, torácica, abdominal, pélvica.
5.Segmentação- O corpo humano é formado por órgãos segmentados, que formam segmentos: rins, fígado e pulmões.

Posição Anatômica

- Indivíduo em pé e ereto, membros superiores estendidos, próximos ao tronco, palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores igualmente aos superiores permanecem estendidos, calcanhares unidos e as pontas dos pés ligeiramente afastadas, cabeça e pescoço alinhados com o corpo, olhar para o horizonte.

Conceitos básicos para o estudo de Anatomia

Conceitos dos indivíduos:
- Normal
- Variação Anatômica 
- Anomalias
- Monstruosidades
Em termos médicos um indivíduo normal é um indivíduo sadio, em termos de anatomia normal dentro de uma amostra são os indivíduos mais frequentes.
Fatores de Variação anatômica:
- Sexo: Masc. - Fem.
Exemplo: Maior quantidade de mulheres em uma sala e menor quantidade de homens, as mulheres são consideradas normais e os homens variações anatômicas.
- Raça: Negra, branca, amarela...
- Idade: Intra-uterina: durante a gestação: são três períodos: -precoce 1 a 3 semanas, embrionário de 4 a 8 semanas e fetal de 9 a 38 semanas.
Extra-uterina: Fora da gestação: RN, Adulto, Idoso.
Biotipo: Longilíneos, Mediolíneos, brevelíneos.
Entre outros fatores como: Evolução, ambiente, Esportes, trabalho, etc...
Anomalias:
Congênitas: (durante a gestação)- prejuízo á função porém,  é compatível com a vida.
Adquiridas: Perda de um membro durante a vida.
Monstruosidades: incompatível com  a vida.
Exemplo: Anencefalia: indivíduo que nasce sem o encéfalo, deformidade tão marcante que é incompatível com a vida.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Graus de Liberdade Articular

O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente.
Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocóide ou articulação em pivô.
- Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar.
- Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial.
Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais: articulações condilar e selar.
- Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso.
- Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar.
Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ouenartrose.
- Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro.

Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso.


Cadeia Cinética

Definição: é a combinação de várias ações articulares que unem segmentos sucessivos.

ABERTA OU FECHADA.

CADEIA CINÉTICA ABERTA:
Um movimento em Cadeia Cinética Aberta (CCA) é definido como aquele que ocorre quando o segmento distal de uma extremidade move-se livremente no espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação (ex: a perna se movimentando na fase de balanço da marcha, o ato de chutar uma bola, o aceno de mão ou o ato de levar um copo a boca para beber água ).

CADEIA CINÉTICA FECHADA:
Um movimento em Cadeia Cinética Fechada (CCF) é definido como aquele nas quais as articulações terminais encontram resistência externa considerável a qual impede ou restringe sua movimentação livre. Ou ainda, quando a extremidade distal, livre do corpo humano, se movimenta, este movimento é denominado cadeia cinética aberta. Exemplos de atividades de CCF dos MMSS são: o exercício de flexão de braço, a utilização dos braços para se levantar de uma cadeira, o apoio dos membros superiores durante a marcha com muletas. Exemplos de atividades de CCF dos MMII: descer escadas, leg press e agachamentos.

DIFERENÇAS PRINCIPAIS:
Cadeia Cinética Aberta:
Segmento distal está livre para se mover e o segmento proximal está fixo
Aumento de cisalhamento articular (atrito articular)
Diminui compressão articular
Apenas um plano de movimento
Apenas um músculo (o agonista) é mais envolvido
Aumento das forças de aceleração
Diminuição das forças de resistência
Formas de aceleração concêntrica e desaceleração excêntrica
(outros exemplos de exercícios - rosca direta, cadeira extensora, qualquer elevação realizada, presente na maioria dos movimentos diários que realizamos)

Cadeia cinética Fechada:
Segmento distal está fixo, sem se mover, e as partes proximais se movem
Diminui cisalhamento articular (atrito articular)
Aumenta compressão articular
Movimento de múltiplos ângulos
Músculos antagonistas e agonistas bem envolvidos (movimento funcional, vários músculos)
Essenciais para exercícios específicos de esporte e reabilitação
Aumento das forças de resistência
Estimulação dos proprioceptores
Aumento das forças de compressão articular
Aumento da estabilidade articular
Aumento da estabilidade dinâmica
(outro exemplo de exercício - flexão de braço)

Observações: para casos de reabilitação (volta de lesão, fisioterapia), do ponto de vista biomecânico, são mais indicados os exercícios de Cadeia Cinética Fechada, pois produzem forças menos danosas à estruturas em processo de reparação pós-lesão. Como os exercícios de Cadeia Cinética Aberta costumam isolar um músculo (lembrar da ênfase do agonista), estes são indicados para o aumento da amplitude de movimento ou aumento da força muscular.

Planos e Eixos Anatômicos

Planos de ação são linhas fixas de referência ao longo das quais o corpo se divide. São três planos:
O plano frontal passa através do corpo de lado a lado, dividindo-o em anterior e posterior. É também chamado plano coronal. Os movimentos que ocorrem neste plano são abdução e adução.
O plano sagital passa através do corpo da frente para trás e o divide em direita e esquerda. Pode-se pensar nele como uma parede vertical cuja extremidade se move. Os movimentos que ocorrem neste plano são flexão e extensão.
O plano transverso passa horizontalmente pelo corpo e o divide em parte superior e inferior. É também chamado plano horizontal. Neste plano, ocorre a rotação.
Sempre que um plano passa pela linha média de uma parte, esteja ela no plano sagital, frontal ou transverso, está se referindo ao plano cardinal, porque divide o corpo em partes iguais. O ponto onde os três planos cardinais se encontram é o centro de gravidade. No corpo humano este ponto é, na linha média, mais ou menos ao nível da segunda vértebra sacra, ligeiramente anterior a ela.
Os eixos são pontos que atravessam o centro de uma articulação em tomo da qual uma parte gira. O eixo sagital é um ponto que percorre a articulação de frente para trás. O eixo frontal vai de lado a lado e o eixo vertical, também chamado longitudinal, vai da parte superior à inferior.
O movimento articular ocorre em torno de um eixo que está sempre perpendicular a um plano. Outro modo de se descrever este movimento articular, é que ele ocorre sempre no mesmo plano e em tomo do mesmo eixo. Por exemplo, flexão/extensão ocorrerá sempre no plano sagital em tomo do eixo frontal e a adução em tomo do eixo sagital. Movimentos semelhantes como o desvio radial e ulnar do punho também ocorrerão no plano frontal em tomo do eixo sagital.


sábado, 2 de julho de 2011

Teste de Milgram

O teste serve para detectar patologias intratecais.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal com ambos os membros inferiores em extensão, fisioterapeuta solicita ao mesmo que eleve as pernas cerca de 5 cm da maca, ele deverá manter essa posição por 30 segundos, essa manobra aumenta a pressão intratecal, se o paciente conseguir mante-la sem queixar-se de dor, podemos afastar hipóteses de patologias intratecais, em caso de dor o teste é positivo.
Segue um vídeo para auxílio:

Sinal de Laségue

É realizado se o paciente tiver referido lombalgia com irradiação para a perna, sendo um sinal indicativo de compressão radicular. Pode detectar comprometimento de L5 e S1.
Como é realizado o teste:
Consiste na elevação do membro inferior do paciente com o joelho estendido e segurando em torno do calcanhar, acarretando estiramento do nervo ciático. O paciente deve estar deitado em decúbito dorsal e relaxado. No caso de compressão, ocorre dor no trajeto do nervo ciático. A dorsiflexão do pé, com agravamento da dor, confirma esse sinal. Deve-se observar o grau de elevação em que a dor ocorre e sua localização. O sinal de Lasègue é positivo, quando surge dor abaixo do joelho (panturrilha) e em menos que 60º, sendo que dor, em até 30º, sugere hérnia discal. O aumento da dor, na perna afetada, quando a perna oposta é elevada, confirma a presença de dor radicular e constitui um sinal cruzado positivo.
Segue vídeo para auxílio:


Teste de Soto-Hall

Esse teste é utilizado quando existe a suspeita de fratura de uma vértebra é também utilizado quando existe a suspeita de meningites.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta apoia uma mão no esterno do paciente e exerce uma leve compressão para evitar a flexão da região lombar ou torácica da coluna vertebral e a outra mão é colocada sob o occipital, lentamente a cabeça é flexionada em direção ao peito.A flexão da cabeça e pescoço em direção ao peito progressiva produz tração nos ligamentos posteriores espinhosos e quando o processo espinhoso da vértebra lesada é atingido uma dor aguda local é experimentada pelo paciente.
Segue um vídeo para auxílio:

Teste de Adson

 O teste serve para determinar a permeabilidade da artéria subclávia, que pode estar comprimida ou por contratura dos músculos escalenos. Não pode fazer tração.
Como é realizado o teste:
Fisioterapeuta palpará o pulso radial do paciente, continue palpando e abduza, estenda e rode externamente o braço do paciente. Em seguida, peça-lhe para prender a respiração e volver a cabeça em direção ao braço que está sendo examinado. No caso de houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminuirá de amplitude, podendo até não ser mais percebido (síndrome do desfiladeiro cervical).
Segue vídeo para auxílio:


Teste de Valsalva

Este teste serve para detectar lesões que ocupem o espaço do canal cervical, como tumores e hérnia de disco cervical, o aumento da pressão intratecal fará com que o paciente se queixe de dor. A dor poderá se irradiar pela distribuição do dermatomo correspondente a nível neurológico da patologia da coluna cervical.
Como é realizado o teste:
Fisioterapeuta solicita ao paciente para prender a respiração e fazer força como se quisesse evacuar em seguida, pergunta-se se houve agravamento da dor, e em caso afirmativo peça-lhe para descrever a localização. É um teste subjetivo, que requer do paciente respostas precisas. O  teste é positivo caso paciente relate dor na região
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Spurling

Esse teste serve para identificar radiculopatia cervical.
Como é realizado o teste:
Paciente sentado, solicita ao mesmo que vire a cabeça para o lado em que sente dor, fisioterapeuta aplicará uma força sobre o topo da cabeça do paciente para estreitar o forame intervertebral, o teste é positivo se houver o aumento da dor.
Segue um vídeo para auxílio:

Teste de Thompson

Detecta ruptura total no tendão do calcâneo.
Como é realizado o teste:
Paciente é colocado em decúbito ventral com os pés estendidos sobre a borda da maca. Fisioterapeuta realiza uma compressão sobre o terço médio da panturrilha o correto é o paciente realizar a flexão plantar devido ao estímulo reflexo, o teste é positivo em caso de ausência da flexão plantar e deve-se suspeitar da ruptura total do tendão.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de stress em Inversão

Testa o talofibular anterior
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta com uma mão irá estabilizar o tornozelo segurando-o com força, a outra mão irá encaixar no calcâneo como se fosse abraçar o pé do paciente, realiza uma compressão e faz o movimento  de  inversão, o teste é positivo se houver a movimentação aumentada paciente poderá sentir dor associada.

Teste de Apreensão Patelar

O teste identifica deslocamento da patela. 
Como é realizado:
Paciente deita-se em decúbito dorsal com o joelho em 30º de flexão. O fisioterapeuta cuidadosamente lentamente desloca a patela lateralmente. Se o paciente parece apreensivo e tenta contrair o quadríceps para trazer a patela de volta à posição neutra, o teste é positivo.

Teste de Gaveta Anterior do Tornozelo

Identifica a instabilidade ligamentar do tornozelo.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta estabiliza a parte distal da tíbia e fíbula com uma mão enquanto segura o pé em 20º de flexão plantar com a outra mão.
O teste é considerado positivo se ao trazer o tálus para frente no encaixe do tornozelo o movimento anterior for maior que no lado não afetado. Sugere dor no tálus anterior.

Teste de Homans

Detecta a existência de Trombose Venosa profunda.
Como é realizado o teste:
Realiza- se a dorsiflexão passiva, caso o paciente sinta dor e a panturrilha esteja vermelha deve-se direcionar o mesmo ao hospital para exames complementares.
Segue vídeo para auxílio:

Teste do Golpe Patelar

Identifica derrame articular significativo.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal o joelho é fletido ou estendido até o desconforto e o fisioterapeuta bate levemente sobre a superfície da patela.
O teste é considerado positivo se o fisioterapeuta sentir a flutuação da patela.

Teste de Clarke

Este teste detecta patologia degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais que produz desconforto e dor ao redor e atrás da patela.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, relaxado com os joelhos estendidos, fisioterapeuta pressiona proximalmente a base da patela com a mão e solicita ao paciente que contraia o quadríceps enquanto o fisioterapeuta aplica mais força.
O teste é positivo se o paciente não consegue completar a contração sem dor.

Teste de Lachman

O teste serve para detectar lesão do ligamento cruzado anterior (LCA).
Este teste é fácil e muito confiável no diagnóstico.
Como é realizado o teste:
O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza o fêmur distal com uma mão e segura a tíbia proximal com a outra mão. Com o joelho mantido em flexão leve, a tíbia é movimentada para frente sobre o fêmur. O teste é positivo quando há uma sensação final macia e um movimento excessivo da tíbia.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Teste de Mc Murray

Serve para testar lesão de meniscos.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta realiza a flexão do quadril,segura na linha articular do fêmur com o quadril flexionado realiza a rotação externa do joelho e faz a extensão do quadril, se durante o procedimento escultar um stálido ("plac") audível sugere lesão no menisco medial.
Fisioterapeuta faz a flexão do quadril com a mão na interlinha articular do fêmur realiza a rotação interna do joelho e faz a extensão do quadril, esculta- se um stálido ("plac") o teste é positivo e estaremos testando o menisco lateral.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Apley para Joelho

Existem dois momentos neste teste:
1º- Apley de Compressão- específico para lesão de meniscos.
Paciente em decúbito ventral, fisioterapeuta deita o antebraço em cima da planta do pé do paciente e roda interno e comprime, se o paciente sentir dor o teste é positivo para lesão medial (meniscos), roda externo e comprime se o paciente sentir dor o teste é positivo para lesão no menisco lateral.
2º- Apley de Distração
O ideal é realizar em um tablado, paciente em decúbito ventral, fisioterapeuta apoia o joelho dele na perna do paciente, joelho flexionado, estaremos realizando o teste dos ligamentos colaterais puxa para cima a perna e roda para lateral. Medial estaremos testando os ligamentos cruzados, puxa para cima a perna e roda para região medial.

Teste de Apreensão ou Teste de Fairbanks

Este teste detecta subluxação ou luxação da patela.
Serve para avaliar a estabilidade da articulação.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta fica do lado oposto que está testando segura a patela do paciente e empurra para lateral- Lateraliza e observa a fisionomia do paciente o mesmo ficando apreensivo o teste é positivo.

Teste de Pivot Shift

Este teste detecta lesão do ligamento cruzado anterior (LCA).
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, com a perna relaxada e quadril fletido á 30º com uma discreta rotação interna o fisioterapeuta deve estabilizar o pé do paciente com uma mão, enquanto a outra deve permanecer perto da cabeça da fíbula, deve- se aplicar uma força em valgo sobre o joelho, enquanto é mantida uma rotação interna da tíbia, os achados positivos são os que em aproximadamente 30º-40º a tíbia sofrerá uma subluxação seguida de um som surdo.

Teste de stress em Valgo para Joelho

Este teste detecta lesão do ligamento colateral medial.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos e relaxados, coxa apoiada sobre a mesa de exame.
Realiza- se a abdução do joelho provocando um valgo no joelho. O movimento excessivo da tíbia distanciando- se do fêmur indica um teste  positivo.  

Teste de Stress em Varo para Joelho

Este teste detecta lesão do ligamento colateral lateral.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, membros inferiores estendidos e relaxados, coxa apoiada sobre a mesa de exame.
Realiza- se a adução do joelho provocando um varo. O teste é positivo se houver a movimentação anormal durante a adução do joelho.

Teste de Gaveta Posterior

Serve para detectar lesão do ligamento cruzado posterior (LCP)
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, realiza a flexão de um joelho á 90º, fisioterapeuta senta- se em cima do pé do paciente e empurra a tíbia para traz. O teste é positivo se houver a posteriorização da tíbia.

Teste de Gaveta Anterior

Serve para detectar lesão do ligamento cruzado anterior (LCA).
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, realiza a flexão de um joelho á 90º, fisioterapeuta senta-se em cima do pé do paciente para dar mais estabilidade, fisioterapeuta irá puxar a tíbia para frente, o teste será positivo se houver uma anteriorização da tíbia, paciente pode ou não ter dor associada.

Teste de Trendelemburg

Este teste serve para detectar fraqueza dos músculos estabilizadores glúteo médio e glúteo mínimo.
Fisioterapeuta irá observar o alinhamento da pelve.
Paciente em pé, irá retirar uma perna do chão, flete o quadril e o joelho, deverá se estabilizar em uma só perna, se quando o paciente retirar o pé do chão a pelve se manter alinhada o teste é negativo. Se ao retirar a perna o lado oposto tombar então o teste é positivo para fraqueza dos músculos glúteo médio e mínimo do lado oposto, ou seja, estaremos testando a perna que está apoiada e não a que fez a flexão.
Segue vídeo para auxílio:

Teste do Piriforme

Este teste serve para detectar algum problema no músculo piriforme, por exemplo: uma contratura, um espasmo.
Como é realizado o teste:
Existem duas formas de realizar o teste:
1º- Paciente em decúbito lateral, bem próximo da ponta da maca, flete o quadril (como se fosse cruzar a perna do paciente), fisioterapeuta força a perna cruzada para baixo. Se o paciente sentir dor na região o teste é positivo.
2º- Paciente em decúbito dorsal, flete um joelho, fisioterapeuta faz força para adução e solicita ao paciente que faça a abdução contra a resistência manual do fisioterapeuta, o teste é positivo se o paciente sentir dor na região do piriforme.
Segue vídeo para auxílio 1º:

Teste de Thomas

Este teste serve para avaliar se o paciente tem encurtamento do músculo ílio psoas.
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta faz a flexão passiva máxima de uma das pernas e desta forma estaremos testando o músculo do lado oposto. Havendo a flexão do quadril do lado oposto o teste é positivo para encurtamento, paciente que não tem encurtamento a perna oposta fica reta.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Patrick

Este teste é conhecido também por: teste de Faber, teste de Faberi.
Serve para detectar disfunção na articulação sacroilíaca .
Como é realizado o teste:
Paciente em decúbito dorsal, cruza uma perna sobre a outra como se fosse fazer um quatro (4), com uma das mãos fisioterapeuta estabiliza a pelve e força o joelho oposto (da perna que está cruzada) para baixo.
Se o paciente sentir dor na sacroilíaca do lado em que estou testando o teste é positivo para disfunção na articulação sacroilíaca.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Ober

Este teste serve para verificar se o paciente tem encurtamento do músculo tensor da fáscia lata (TFL).
Como é realizado o teste:
Paciente em Decúbito lateral, com o quadril fletido, fisioterapeuta faz a abdução e uma extensão do quadril depois solta a perna, se o paciente manter a perna elevada o teste é positivo para encurtamento do músculo tensor da fáscia lata.
Segue vídeo para auxílio:

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Teste de Wartenberg

O teste serve para verificar Neurite ou Paralisia do Nervo Ulnar.
Como é realizado o teste:
Paciente estende a palma da mão sobre uma superfície plana e lisa e é solicitado que ele realize a abdução do V dedo e em seguida a adução, se ele não conseguir o teste é positivo para doença no nervo ulnar.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Phalen

O teste serve para detectar síndrome do túnel do carpo.
Como é realizado o teste:
Paciente com os dorsos das mãos encostados por um minuto, se as mãos começarem a formigar o teste é positivo e é certeza de que o paciente possui a síndrome do túnel do carpo que é uma compressão do nervo mediano ao nível do punho.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Finkelstein

O teste serve para detectar doença de Dequervain (que é uma tendinite crônica comum nos tendões dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar).
O teste consiste em uma flexão de cotovelo, paciente coloca o polegar na palma da mão e fecha com força, fisioterapeuta segura com uma das mãos o braço do paciente na região ulnar para dar estabilidade e com a outra mão faz o desvio ulnar com a mão do paciente fechada. O teste é positivo caso o paciente sinta dor na região do processo estilóide do rádio.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Pinça

Este teste testa o Nervo Mediano
Como é realizado o teste:
Paciente toca a ponta do indicador com a ponta do polegar, se não conseguir o teste é positivo para compressão do nervo mediano (nervo interósseo anterior).

Teste de Tinel

Este teste serve para verificar se o paciente tem algum problema no nervo ulnar.
Como é realizado o teste:
O teste consiste em percurtir o nervo mediano, se ele estiver comprometido, a sensação será de choque e formigamento.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Stress em Varo

Este teste serve para testar lesão no ligamento colateral lateral (ou ligamento radial).
Como é realizado o teste:
Paciente com cotovelo flexionado (20º-30º), fisioterapeuta estabiliza o cotovelo com uma das mãos e coma  outra segura o punho do paciente, realiza uma força adutora.
O teste é positivo caso ocorra um movimento aumentado.

Teste de stress em Valgo

Este teste serve para testar alguma lesão no ligamento colateral medial (ou ulnar).
Como é realizado o teste:
Paciente com o cotovelo flexionado (20º- 30º), fisioterapeuta estabiliza o braço do paciente segurando com uma das mãos no cotovelo e a outra no punho realiza uma força para abdução.
O teste é positivo se houver um movimento aumentado.

Teste de Cozen

Como é realizado o teste:
Com o paciente sentado, estabilizar o antebraço.
Instruir o paciente para fechar o punho e estende- lo. A seguir forçar o punho estendido para flexão contra resistência.
Os tendões que estendem o punho são fixados no epicôndilo lateral, são eles: extensor radial curto do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo e o extensor ulnar do carpo. Se o próprio côndilo ou tendões extensores comuns que se fixam nele estiverem inflamados, então, ao forçar o punho estendido para a flexão, a irritação do epicôndilo lateral e seus tendões inseridos é reproduzida. O teste é positivo se provocado dor no epicôndilo lateral, deve- se suspeitar de epicondilite lateral.
Segue vídeo para auxílio:

Teste de Mill

Como é realizado o teste:
Paciente sentado, instruí-lo á pronar o braço e flexionar o punho. A seguir orientá-lo á supinar o braço contra resistência.
O tendão do músculo supinador, que supina o punho é fixado no epicôndilo lateral. Se o próprio côndilo ou tendão supinador que se fixa no côndilo estiver inflamado, resistir a supinação do punho pode reproduzir a irritação do epicôndilo lateral e seus tendões inseridos. Se for provocado dor no epicôndilo lateral, deve-se suspeitar de sua inflamação, ou seja, epicondilite lateral.

Teste de Epicondilite Lateral

Este teste é também conhecido como Cotovelo de Tenista
Como é realizado o teste:
Fixar o antebraço do paciente, solicitar á ele fechar e estender o punho, a seguir o mesmo irá forçar o punho estendido para a flexão contra a resistência do fisioterapeuta. O teste é positivo se provocado dor no epicôndilo lateral (origem comum dos extensores) deverá suspeitar de epicondilite.

Teste de Epicondilite Medial

Este teste é também conhecido por Cotovelo de Golfista.
Como é realizado o teste:
Paciente sentado, estende o cotovelo e supina a mão, paciente deverá realizar a flexão de punho contra resistência do fisioterapeuta. Os tendões que flexionam o punho estão fixados ao epicôndilo medial portanto, se for provocado dor no epicôndilo medial devemos suspeitar de sua inflamação ou seja epicondilite medial.

Teste de Speed

Como é realizado o teste:
Paciente com o braço em flexão, com antebraço estendido e supinado, fisioterapeuta coloca o dedo indicador de uma das mãos sobre o sulco biciptal e a mão oposta sobre o punho do paciente, que deverá elevar o braço contra a resistência , desta forma estaremos testando o tendão do bíceps no sulco biciptal.
O teste é positivo caso o paciente sinta dor espontânea ou durante a palpação e indica tendinite biciptal.

Teste de Yergason

É utilizado para diagnosticar tendinite e tenossinovite do tendão da cabeça longa do músculo bíceps .
A maneira mais simples de realizar o teste consiste em segurar pronados os punhos do paciente sentado á sua frente, cotovelo fletido á 90º junto ao tronco e solicitar que ele realize o movimento de supinação com rotação externa contra a resistência do fisioterapeuta. 
A presença de dor na região do sulco intertubercular do úmero sugere um processo inflamatório no tendão do bíceps.

Teste de Rockwood

Como é realizado o teste:
Paciente flete o cotovelo faz uma rotação externa a 45º, faz a rotação externa a 90º e a rotação externa a 120º, este teste é considerado positivo se o paciente sentir dor á partir de 90º de rotação de úmero, sugere luxação ou sub-luxação com uma instabilidade anterior.

Teste de Apreensão

Serve para detectar Luxação.
Como é realizado o teste:
Paciente faz a abdução  do braço a 90º, realiza a rotação externa com leve resistência do fisioterapeuta, devemos prestar atenção na fisionomia do paciente se ele ficar apreensivo o teste é considerado positivo.

Teste de Apley para Ombro

Serve para verificar a mobilidade ativa do paciente.
Este teste é dividido em dois momentos:
1º- Paciente deverá tocar o ângulo superior da escápula oposta passando o braço por cima da cabeça.
2º- Paciente deverá tocar o ângulo inferior da escápula oposta passando o braço pelas costas.
Caso o paciente sinta dor no ombro o teste é positivo para tendinite no tendão do supra espinal.

Teste de Hawkins Kennedy

Como é realizado o teste:
Paciente realiza a flexão de ombro á 90º, flete o cotovelo á 90º, fisioterapeuta fará a resistência para a rotação interna, se o paciente sentir dor o teste é positivo e sugere síndrome do impacto, que é quando o tubérculo maior do úmero se choca com o acrômio quem está no meio é o tendão do supra espinal

Teste de Jobe

Este teste serve para detectar se o paciente tem uma ruptura parcial do tendão ou uma tendinite.
Como é realizado o teste:
Paciente com o braço estendido em supinação, fisioterapeuta irá aplicar uma resistência sobre o punho do paciente e solicita ao mesmo para que faça uma rotação interna do ombro, Caso o paciente sinta dor o teste é positivo para ruptura parcial do tendão ou tendinite, se ele sentir fraqueza iremos detectar fraqueza do supra espinal.

Teste de Queda de Braço

Este teste serve para detectar um problema no ombro chamado Síndrome do impacto.
Como é realizado o teste:
-Paciente faz a abdução do ombro a 90º, Fisioterapeuta solicita que o paciente desça o braço lentamente, se o mesmo não conseguir o teste é positivo, sugere ruptura total do tendão do supra espinal.
Ao realizar a abdução do ombro (com a suspeita da síndrome do impacto), neste movimento o tubérculo maior do úmero se choca com o acrômio, vai rasgando o tendão e nos casos mais graves pode pode detectar ruptura total do tendão.